domingo, 16 de janeiro de 2011

tudo muda. Menos vanguarda

Como todo cineasta de van-guarda ele odiava o Van-Damme.Apesar dele também ser Van. E de ser guarda.
Seu auge foi no dia em que, premiado no Festival, foi aplaudido na van por seus amigos da guarda. Era uma van a Diesel. Uma van-Diesel
Seus amigos da guarda eram como ele: dedicavam a vida a fazer a guarda. Guarda do que? Do exato conceito de van-guarda.
Mesmo fazendo guarda ele não era de todo cão e nem sempre dizia não. E além de gostar de vans e de amar a guarda ele tambem gostava do Van Diesel*.
Mas não contava isso para seus amigos da guarda que andavam com ele nas vans. Mesmo sabendo que as van eram a diesel. Eram vans-diesel.
Mas foi tudo em vão. Cinema no Brasil é assim: não tem chão. E além do mais, "é tão díficil conseguir captação". Toda sua guarda foi em vão. Foi uma vã-guarda.
Hoje, Ele, quando muito, fica em casa. Ali. Sentado. Vendo televisão.
Nunca mais sequer andou de van. Mas , ao menos, nunca mais ficou na guarda.
Agora feliz, Ele brinca com seu filho. E longe da guarda admite que gosta do Van. Do Van Diesel.
E seu filho outro dia confessou. Ele gosta do Van. Do VAn Damme.
E tal com o pai seu filho vai ser, um dia, um cineasta. Mas não será cine-astro. E não vai ser de vã-guarda.


obs:
*vin diesel é o nome correto. Mas tem gente que pronuncia van. Então dei uma adaptada par funcionar a piada.

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