Admiro muito os cariocas. Eles são mais sábios. Sabem, por exemplo, ter um escravo de forma sutil, sem incomodar os convidados da casa.
Paulista gosta de ostentar escravos. Bota ele com outra roupa, formal, quieto, de garçom. Depois rola sequestro e ninguém sabe porque.
Carioca é diferente, mais humano. No ambiente de uma festa carioca até o escravo parece ser um igual. Todos sabem que ele é um escravo e, mesmo assim conversam, com ele como se fosse normal. Acho isso lindo.
Os escravos até vestem roupas parecidas as nossas. Clones falsificados, obviamente. Mas nao é bonitinho? Acho lindo os escravos terem o desejo de ser igual a nós, é a fantasia que move o mundo. Por isso sou a favor da pirataria de roupas: é importante o escravo se auto-marcar com a roupa falsificada, usar ela e saber sempre que não é original. Sem a pirataria o escravo desistiria de achar a elite superior e teria outros desejos.
Obviamente (e isso é o mais legal!) apenas o dono e seus eleitos tem o poder de mandar no escravo durante a festa. Os convidados da festa não podem mandar no escravo do dono. Aí os donos se destacam, sutilmente. Isso é sabedoria: um poder sutil, mas sempre presente. E ainda não fica aquela coisa de estranha de ter no meio da festa uns garçons que não participam! Isso é a essência de nosso pais: diversidade! Todos participam! Todos sao iguais, mesmo os escravos.
sábado, 14 de abril de 2012
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estranhos habitantes do planeta terra mesmo!
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