O último pobre que entrou numa universidade pública se chamava Josué. Eu o conheci quando fazia cursinho. O vestibular estava cada vez mais díficil e o número de vagas reduzido.
Na época já existia o Movimento pela Assistência Estudantil se fortalecia. Eles se aliaram ao Movimento pela Qualidade de Ensino e a FUVEST e decidiram dar uma bolsa de 20 salários minímos para cada pobre que entrasse na USP, além de carro do ano, seguro saúde. O CRUSP virou um flat para estudantes mais carentes. Servia comida no quarto, atendimento de primeira.
A idéia era interessante: um pobre não pode estudar na USP pois não tem tempo de estudar em tempo integral e por isso atrapalha o cotidiano das aulas. A única solução é se um pobre entrar devemos fazer ele ficar rico. A idéia parecia mirabolante mas foi aceita como projeto. Para viabilizá-la era necessária reduzir, a curto ou médio prazo, o número de pobres ingressantes. Para isso contaram com a ajuda do Movimento Estudantil, através do Movimento pela Qualidade de Ensino, da Associação de moradores do CRUSP (fascinada com a idéia do flat)
A idéia foi genial e tudo se juntou. Qualidade de Ensino, Excelência Exclusão Social e Assistência Estudantil Foi uma saída ótima para os pobres que já tinham ingressado: em troca de adesão ao movimento, a assistência estudantil melhorou bastante. A comunidade universitária ficou unida e foi possível implantar as reformas.
sexta-feira, 1 de julho de 2011
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